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sábado, 30 de outubro de 2010

Finalmente...o acordo

Soubesse ontem de forma oficial, aquilo que já todos prevíamos ou adivinhávamos. Governo e PSD chegam a acordo após muitas cedências de ambas as partes.
Posto isto, só me apetece sair para a rua a gritar impropérios. Não o faço. Até tenho coragem, mas sozinho ia parecer um doido. E este é o problema português. Estamos sempre sozinhos, mesmo para nos manifestarmos não arranjamos par e quando o temos, aceitamos o desafio da buzina ou das marchas lentas. Muito pouco, para quem quer mudar Portugal. E claro, todos queremos mudar Portugal, mas poucos têm a coragem de tentar.
Reitero, eu estou disposto. Mas para buzinar e passear até Lisboa num autocarro de um qualquer sindicato, não me convidem. Obrigado.

Não sei se era pior ou melhor a entrada do FMI. Talvez até aconteça, mesmo com OE. O que tenho a certeza é que só uma situação agoniante e de uma grandeza nefasta suprema, poderia levar à união do povo (de esquerda ou direita) com o fito de limpar Portugal.

Todos os dias deambulamos pelas ruas ao encontro do nosso trabalho, outros fugindo ao desemprego e ainda alguns à procura das migalhas dados pelos 2 primeiros. A situação critica a que chegámos tem um rosto claro (dizia hoje o Pedro Abrunhosa no Bom Dia Portugal), PS e PSD. Eles são o rosto...o povo é o rabo.
Termino com o provérbio, "O rabo de um é a cara do outro".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Financiamento da Economia

Sobre o tema que intitula este post, devemos de o dividir de duas formas:
- Financiamento do Estado;
- Financiamento das Empresas e da Banca.

Devido à crise, défice, dificuldades de aprovação de OE e perspectivas económicas anunciadas, o Estado Português garantiu sempre financiamento, embora que a taxas de juro mais elevados do que normal, condizente com a situação de tesouraria que vivemos.
A Banca tem graves dificuldades de financiamento, tendo uma única torneira aberta: BCE. Fechando-se pode ser um problema, mas também pode ser um alívio e um incentivo à concorrência livre. Que eu saiba as instituições estrangeiras a operar em Portugal ainda não tiveram qualquer problema em obter financiamentos no exterior, logo, estão aptas a financiar a economia e normalmente a custos inferiores aos praticados pelas instituições nacionais. Seja aprovado ou não o OE, daqui a 12 meses, temos mais instituições financeiras estrangeiras no mercado e uma maior oferta em todo o território. BPN e CCAM não são precisas.

Parece "estapafúrdia" a ideia. Mas daqui a 12 meses é que fazemos o prognóstico.

sábado, 16 de outubro de 2010

OE 2011

O orçamento foi finalmente apresentado. A grande maioria das medidas já se previam, podendo uma ou outra ser discutidas, no entanto duvido que se possa fazer algo do lado das famílias, para menorizar o impacto, pelo menos de forma directa e com uma obtenção de resultados tão rápida.
Vamos pagar em 2011, quando podíamos ter vindo a pagar desde 2007, dando um desconto, 2008, de forma menos brutal e corrosiva para o orçamento familiar. Este é sem dúvida o grande erro do governo de Sócrates.
Se tivéssemos tirado a cabeça da areia atempadamente, hoje a situação das contas públicas não era tão caótica, nem os mercados internacionais estavam com tantos olhos em nós.

Nada é perfeito, tudo pode ser alterado e beneficiado. Este OE, apesar de redutor está cheio de medidas que têm que ser tomadas. Apesar disso, algo mais poderia ser feito de forma a acautelar o futuro.

1. Tabelar e limitar os salários na função pública e gestores públicos.
2. Limitar o uso de carros (e outros bens) do estado unicamente para fins profissionais.
3. Rever as tabelas de reforma, impondo mais justiça na distribuição de rendimentos.
4. Limitar o acesso a rendimentos provenientes do trabalho para todos os que usufruem reformas acima de 10 vezes o IAS.
5. Definir uma listagem de produtos de luxo e impor um imposto a partir de um determinado valor, por exemplo, imposto (percentagem a definir) sobre o produto, desde que este tenho uma valor de 5 vezes o rendimento anual do contribuinte.

Sem dúvida que tenho a convicção que me aproximo mais do capitalismo do que comunismo, no entanto revejo que o liberalismo económico que vagueou na última década, condicionou o verdadeiro pensamento da economia segundo um modelo capitalista/liberalista. Não por culpa do modelo, mas como em muitos outros casos, por culpa clara de quem o manipulou e usou para seu belo proveito.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quanto custa uma estrada?

O título deste post é uma pergunta à qual ainda não consegui responder. Talvez fosse uma boa ideia para a imprensa fazer estas contas. Pegavam no troço da A29 e achavam o custo total da obra. Primeiro comparava-se com o previsto, depois sugeria comparar com o mesmo número de km numa via similar, mas num qualquer outro país da UE, excluindo Grécia e Itália. Era um resultado que nos poderia suscitar algumas curiosidades. Suspeito que o resultado seria desastroso para o lado nacional. Incrível, tendo em conta (aposto) que a esmagadora maioria da matéria-prima utilizada não tem proveniência do exterior.
Se formos para os custos de manutenção...voltamos ao mesmo.

Quem audita as contas da Estradas de Portugal?