Amanhã, teremos as comemorações dos 37 anos do 25 de Abril. A tão proclamada liberdade de tudo e para todos foi decretada em 74 prometendo que o ditado português "Quando o sol nasce, nasce para todos", fosse uma realidade promissora e equilibrada. A promessa não foi cumprida, mas mais grave, a quantos prometeram e quantos concordavam. Era um estudo que eu gostava que fosse feito. Queria saber agora, a opinião de quem viveu entre as décadas de 30 e 70, pessoas que tinham um compromisso com a vida, seja pelo lado laboral ou tão só pela vida familiar que religiosamente protegiam. Essas sim, podiam dizer de forma isenta o que lhes corria na alma ou corre, visto que neste momento já podiam comparar a evolução de uma ditadura presente com uma democracia adulta.
Engraçado, percebermos que passados estes anos, umas das figuras de peso do golpe militar, Otelo (um daqueles que queria assassinar os retornados) vem evidenciar as suas preocupações com a democracia, mostrando algum arrependimento pelo acto que ajudou a colocar em prática. Numa ressente entrevista, Otelo até elogia o seu inimigo número 1, reconhecendo-lhe qualidades que ele próprio nunca irá alcançar.
Para muitos portugueses, amanhã é mais um dia de luto.
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