CP - Uma Greve Injusta

Os funcionários da CP voltam novamente à única forma de luta que conhecem, a greve. A partir de hoje até ao dia 30 de Junho iremos ter vários dias com comboios suprimidos e várias perturbações na circulação deste meio de transporte.
Os senhores grevistas prejudicam de forma directa milhares de pessoas todos os dias, não percebendo que isso contribui de forma negativa para a sua imagem junto da opinião pública e comprometendo mesmo a saúde financeira da sua empresa, a qual todos sabemos, não é nada sã.
Até à três meses atrás não fazia nenhuma ideia sobre os valores de remuneração destes funcionários, mas tendo em conta  número de greves que faziam, sempre pensei que fossem francamente baixos ou pelo menos dentro da média das remunerações dos quadros intermédios do país. Pasmei-me quando percebi o valor dos salários base nesta empresa. Vejamos os valores mensalmente:
- Revisor e Vendedor de Bilhetes: 1.200€
- Maquinistas: 2.100€ (trabalham 6 oras por dia)
- Chefe de Estação: 2.400€
Acresce a todos estes valores, o pagamento de horas extras, subsídio de almoço, viagens gratuitas nos comboios CP para toda a família, entre outras.
Já trabalhei num banco e se queira comprar casa o meu patrão não me oferecia a prestação! Porquê que estes senhores podem usar o mesmo serviço que eu a um custo zero, ainda para mais quando falamos de um serviço público que devia ser igual para todos?

Atendendo à situação financeira da CP, ao período político em que vivemos (eleições) e ao período económico que o país passa, parece-me que é preciso ser muito inconsciente para tomar uma atitude (greve) tão radical, nomeadamente se comparamos todas as suas regalias com os clientes CP, esses sim, deviam ter mais benefícios e um serviço de melhor qualidade.

Sugiro à administração da CP que publique no seu site o seguinte:
- Nome dos grevistas
- Médias das remunerações auferidas nos últimos 12 meses
- Número de horas de trabalho
- Morada
- Fotografia visível

Estou em crer, que com esta medida, os funcionários da CP deixariam de fazer greve.