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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E nós continuamos sentados?

Incrível o povo. Adamos à mais de 30 anos prontos para naufragar, mas vamos com insistência, mantendo a cabeça borda fora. Todos sabemos os grandes males, mas nem um de nós age. Engraçado ouvir economistas a falar em produtividade culpando, sem direito a resposta, trabalhadores, bons ou maus, mas que merecem respeito.
Não sei se Sócras vai mexer nas leis laborais, se não o fizer é um erro. Mas podia começar por encontrar mecanismos que combatessem a disparidade de salários que existem tanto no sector privado como no estado, sendo que neste último com responsabilidades acrescidas. Sinteticamente, temos dois tipos de rendimento nas organizações: o do capital e o do trabalho. Quem investe é ressarcido dos riscos que corre e premiado pela capacidade produtiva e de realização. Quem trabalha aufere um salário por cumprir com os seus deveres perante a entidade empregadora.
Percebo e nem discuto as variações existentes entre a percentagem de um salário de um trabalhador comparando com o rendimento do capital investido, por parte do investidor.
O que não consigo entender é a disparidade existente entre trabalhadores, pois ambos têm como objectivo uma determinada produtividade, assente nas pretensões dos investidores. Vejamos:
Como é possível numa empresa haver um funcionário com um rendimento de 500€ e outro com um rendimento de 5.000€? São dez vezes mais. O que se passa para haver esta discrepância? Podem haver diversos factores, como a responsabilidade, investimento académico entre outros, no entanto parece um exagero a diferença. A minha pergunta é simples. Será que a produtividade dos dois é proporcional à remuneração? Julgo quem em muitos casos não é, portanto não percebo como pode ser viável economicamente. Ou até percebo, mas não digo.

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