A guerra civil em Angola resultou em 500.000 mortos. Na Guiné foram mais 50.000. Em Moçambique as baixas ultrapassaram o 1.000.000 de pessoas.
Falam em militares portugueses e esquecem-se da população indefesa que ficou depois da independência.
Quando se comemora por todo o país o 25 de Abril, gostava que reflectissem nestes números. Esta chacina deve-se a uma descolonização sem pontos directores, sem caminhos e sem objectivos concretos. Portugal, através dos seus representantes, deixou à mercê das balas e das minas milhões de indefesos que nunca quiseram esta independência. Somos uma vergonha!
O número de retornados cifrou-se em mais de 500.000 mil pessoas. Estes PORTUGUESES tinham uma vida estabilizada, enviavam remessas de dinheiro para o país de origem e investiam nos países de acolhimento. Foram traídos por uma revolta sem cabeça, sem inteligência, sem ponderação e sem solidariedade. Perderam tudo e voltaram para um país que não estava preparado para os receber.
O 25 de Abril trouxe liberdade, mas também trouxe tristeza e principalmente sangue. O número de mortos nas ex-colónias após a independência é tão vergonhoso que dá-me nojo ouvir os cânticos de sempre neste dia.
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