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sábado, 12 de março de 2011

Um olhar pela manifestação

Fiquei surpreendido com a quantidade de manifestantes que aderiram ao protesto em Lisboa e Porto. Muitas pessoas mesmo -  gostava de conseguir ter neste momento número exactos, mas não consigo. Não concordo com a totalidade das razões do protesto, apesar de entender perfeitamente o descontentamento do povo.
Fiquei deliciado com as figuras tristes que apareceram na manifestação:
- Tipos com a orelha ratada - Querem emprego onde? Como traficantes?
- Tipos com a cabeça tatuada - Querem emprego onde? Numa loja de tatoos?

- Cravos? - o 25 de Abril já lá vai e deu na imensidão de agonia em que vivemos.
- Cerveja - Em grandes quantidades. A dada altura pensei que ia haver um festival.
- Ganza - Era uma festa. Parecia o Casal Ventoso dos anos 90.
- Cartazes - Ao rubro. Nenhum apresentava soluções.
- "Viver o comunismo, espalhar a anarquia" - Frase de Otelo dita por uma manifestante. Otelo, esse energúmeno que queria matar todos os retornados.
- "Deixa passar, eu sou precário e o mundo vou mudar" - Nem a cama fazem em casa dos pais e querem mudar o mundo?
- IPhone e IPad - Imensos, updates na hora para as diversas redes sociais. Os precários em Portugal são finos. Eu que trabalho 12 horas por dia, aufiro um vencimento acima da média nacional, não compro IPhone, mas o povo que se queixa à tarde quando bebe um fino na esplanada, comprar e usa Internet de banda larga.
- Bandeira de uma Associação Gay - Para a próxima também participo e crio um slogan heterossexual.

Esta manifestação não deu nem vai dar em nada. A culpa é sempre dos outros mesmo quando nós próprios erramos diariamente nas nossas atitudes, posícões e escolhas.
Já agora, de todos os manifestantes, quantos é que votaram nas últimas legislativas?

Isto se fosse a sério era idealizado de outra forma.

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