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quinta-feira, 31 de março de 2011

Fazer das RP uma arma

"Não admira que a Apple não precise de investir muito em publicidade. Não precisa" A frase é de  João Campos. Tive conhecimento dela através de um post do Luís Paixão Martins. No mesmo artigo onde consta esta frase, o autor interroga-se, podemos dizer, escandalizado, com o espírito gregário dos jornalistas em torno da Apple. Parecem os navegadores, falando das sereias.
Devido à forma aliciante como a Apple apresenta-se perante os media, consegue um endeusamento tão favorável, que investir em publicidade não é uma preocupação para os homens do marketing da marca da maça.
A luta até agora podia ser feita com esta arma, mas duvido que a sustentabilidade da empresa nos próximos 5 anos, possa ser compatível com este tipo de posicionamento e com este tipo de comunicação. Quando se cresce no ramo tecnológico, as empresas abrem "mundos" infinitos. A febre em torno da maça pode esmorecer...vejo muitas marcas com força para combater e que olham para a empresa do Jobs como uma lebre. Parece um discurso doidos e enraivecido, no entanto, vou aguardar 5 anos, para me regozijar com a minha premonição ou chicotear com o meu mea culpa. No mercado actual e no contexto económico e social que vivemos, as RP são a melhor aposta para a empresa. Vamos aguardar pelo futuro.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Guerra do Mercado - Guerra de Marketing - 1ª Parte


Desde sempre a humanidade viveu sob o estigma da guerra frequente, uma luta constante dos diferentes povos pela imposição das suas ideias ou pela conquista de novos territórios. Por vezes, as armas que cada país tinha à sua disposição eram bem diferentes e muitas vezes, numa menor quantidade ou qualidade em relação ao seu opositor. Nesse sentido, viam-se na eminência da pressão da perda. Essa pressão acutilante fez com que muitos desses povos, que tinham armas mais fracas, obtivessem e procurassem recursos mais eficazes e menos dispendiosos, permitindo-lhes seguir a sua luta e conquistando as suas vitórias.

O parágrafo anterior é uma clara analogia ao mundo dos negócios actual, em constante guerra pelo mercado. Muitas vezes encontramos no mesmo mercado, diferentes concorrentes com diferentes e desiguais “armas”. O que devemos pensar é se as armas que temos são desiguais. Normalmente, as empresas caiem no erro de querer ir à “guerra” com as mesmas armas utilizadas pelo concorrente mais forte, esquecendo-se de olhar para o seu portefólio e adaptar a sua estratégia às ferramentas que tem no seu paiol.

Hoje em dia muitas empresas de menor dimensão deparam-se com concorrentes demasiado fortes e com estratégias de implementação de marca e de produto muito afincadas. As empresas menores tendem a elaborar um orçamento reduzido para a comunicação e publicidade, assim como, atribuir uma política de descontos não adequada ao portefólio de clientes, aliás em alguns casos confundem clientes com distribuidores. Tanto um como o outro são importantes, mas a relação que se deve estabelecer com cada um deles é diferente e deve-se vincar essas assimetrias.

domingo, 27 de março de 2011

O Record perdeu as eleições

Fazer projecções dos resultados de eleições para os órgãos sociais de clubes de futebol revela-se uma tarefa complicada, pelo facto de os votos atribuídos a cada sócio dependerem do número de anos de filiação. Ou seja, além da rápida pergunta sobre qual a decisão de voto do associado, temos que saber com exactidão o número de anos de filiação.
O jornal "Record" avançou ontem com uma projecção que se revelou errada, quando apurados a totalidade dos votos. Pelo menos estes são os dados com esta primeira contagem oficial. Se houver impugnação e/ou recontagem dos votos, podemos ter um volte-face.
Sou daqueles benfiquistas que defendem o "Record" pela exactidão e correcção das suas notícias, revelando-se isento e imparcial. Vou continuar leitor, como sempre fui, seguindo os passos do meu pai nessa escolha, que remonta ao dia seguinte do caso "Off-Record".

sábado, 26 de março de 2011

O Mundo do Associativismo

O Mundo do Associativismo é muito mais complexo do que aquilo que se pode esperar. Desde Outubro de 2009 faço parte da direcção de uma associação. Estamos a ter um trabalho notável com o aumento em 40% no número de sócios, recuperação de quotas em atraso, mudança de instalações e equilíbrio das situação económico-financeira.
Apesar destes óptimos resultados, alguns associados procuram encontrar um lado negro que não existe, apontando o dedo em todas as situações que são contrários ao seu pensamento.
O curioso é que são esses críticos da boa vontade que não têm coragem de combater as ideias, seja nas urnas ou numa manifestação directa do seu desagrado.

Comunicação de Luto

Esta semana, o mundo da comunicação perdeu duas das suas bandeiras, com diferentes forças, mas um impacto que não pode ser negado. Deixam um grande legado para todos, mas com um peso acrescido para todos aqueles que fazem da comunicação a sua vida. Artur Agostinho vai ser lembrado como ele próprio desejava, um gajo porreiro.
Adriano Luca faleceu e deixa cumprida a sua missão de dotar as Beiras com diários de informação prósperos e com grande relevância a nível nacional.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Semana Quente

A semana começa quente com as condições meteorológicas a confirmarem-se. Sobem as temperatura e todos andamos felizes na rua.
Muito calor também se vai fazer sentir na vida política portuguesa.
PEC na quarta-feira e Passos Coelho na Alemanha na quinta-feira. Percebemos perfeitamente que a instabilidade vai continuar e o povo é que vai pagar. Precisamos de um novo rumo, novas etapas, novos objectivos. Não nos podemos contentar com os mecanismos que conhecemos depois do 25 de Abril. Novas formas de organização política são cada vez mais necessárias para fazer face aos estilhaços de um país mal democratizado. Não nos podemos conformar e tomar como verdades absolutas o facto de sermos dependentes do exterior para tudo. Bem vistas as coisas, a dependência começa onde menos se espera. O que seria da Alemanha sem países como Portugal para absorver carros em segunda-mão? Onde estava a China sem os rigorosos contratos de beneficência com países como Portugal? Onde colocavam os angolanos o dinheiro sujo do petróleo se não houvesse corruptos como os portugueses que o são?
Outras questões podíamos fazer. Haja coragem e capacidade para indagar aqueles que menos respondem pelos problemas que causam.

domingo, 20 de março de 2011

Um problema Português

Passei o fim-de-semana atento ao congresso do CDS, mesmo não estando à espera de alguma novidade crucial ou de relevo para a vida política do partido e/ou do país.
Tenho um apontamento que acho curioso e que decidi apreciar, visto que o mesmo dá uma ideia do profundo problema de horários que existe em Portugal.
Neste Sábado o congresso só terminou na madrugada de Domingo, pelas 4 horas, muito por culpa dos 2 minutos que dispunham os congressistas para falar e que eram sempre ultrapassados. Além disso, como é habitual neste género de situações, desde o seu início que os trabalhos estavam atrasados.
Os atrasos no cumprimento de horários em Portugal é quase um factor natural no período laboral. Não se percebe como podemos ser tão benevolentes com tal falta de respeito e honestidade.
Temos que dizer basta.

sábado, 12 de março de 2011

Um olhar pela manifestação

Fiquei surpreendido com a quantidade de manifestantes que aderiram ao protesto em Lisboa e Porto. Muitas pessoas mesmo -  gostava de conseguir ter neste momento número exactos, mas não consigo. Não concordo com a totalidade das razões do protesto, apesar de entender perfeitamente o descontentamento do povo.
Fiquei deliciado com as figuras tristes que apareceram na manifestação:
- Tipos com a orelha ratada - Querem emprego onde? Como traficantes?
- Tipos com a cabeça tatuada - Querem emprego onde? Numa loja de tatoos?

- Cravos? - o 25 de Abril já lá vai e deu na imensidão de agonia em que vivemos.
- Cerveja - Em grandes quantidades. A dada altura pensei que ia haver um festival.
- Ganza - Era uma festa. Parecia o Casal Ventoso dos anos 90.
- Cartazes - Ao rubro. Nenhum apresentava soluções.
- "Viver o comunismo, espalhar a anarquia" - Frase de Otelo dita por uma manifestante. Otelo, esse energúmeno que queria matar todos os retornados.
- "Deixa passar, eu sou precário e o mundo vou mudar" - Nem a cama fazem em casa dos pais e querem mudar o mundo?
- IPhone e IPad - Imensos, updates na hora para as diversas redes sociais. Os precários em Portugal são finos. Eu que trabalho 12 horas por dia, aufiro um vencimento acima da média nacional, não compro IPhone, mas o povo que se queixa à tarde quando bebe um fino na esplanada, comprar e usa Internet de banda larga.
- Bandeira de uma Associação Gay - Para a próxima também participo e crio um slogan heterossexual.

Esta manifestação não deu nem vai dar em nada. A culpa é sempre dos outros mesmo quando nós próprios erramos diariamente nas nossas atitudes, posícões e escolhas.
Já agora, de todos os manifestantes, quantos é que votaram nas últimas legislativas?

Isto se fosse a sério era idealizado de outra forma.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu não vou à manifestação

Não foi preciso pensar muito para me decidir por ficar em casa. Não posso comungar com manifestações levianas. Ir para a rua cantar a alegria e gritar umas palavras de ordem não ajuda nada. Podiam pegar nestes tipos e iam limpar as matas, afinal o verão está a chegar.
O povo precisa da verdadeira revolta, conscienciosa mas musculada, sem dó nem piedade para com todos aqueles que fazem dos portugueses umas marionetas dançantes, ao som da música que mais lhes agrada aos ouvidos.
Valores e qualidades como respeito, educação, família, honestidade, perseverança e conquista deviam estar cravados no nosso ADN. Os novos comunas e o loby gay deram cabo da nossa identidade. Estou triste.

Mais um PEC...

Segundo o governo, os objectivos do novo PEC são claros:
  • Consolidação das finanças públicas
  • Promoção do crescimento económico e correcção dos desequilíbrios macroeconómicos
  • Estabilização do sector financeiro e melhoria das condições de financiamento da economia portuguesa
Nas palavras do ministro das finanças são desafios. Podem chamar-lhes metas, resoluções, etc.
Não estou surpreendido com as medidas, pois por muito que nos custe nos bolsos, elas são essenciais para combater as fragilidades financeiras futuras do país. Infelizmente não devem chegar, porque os custos associados à máquina do estado e à sua "economia paralela", entenda-se por todos os organismos públicos e semi-públicos existentes, são de tal forma elevados e incontrolados que qualquer medida adicional que se tome, vai sempre esbarrar neste inconfundível problema, ao qual nunca houve vontade e determinação política para o combater. Somos geridos por profissionais do crime do "colarinho branco".
Vamos voltar às medidas já anunciados desde o primeiro PEC. Concordo em larga escala, salvo uma ou outra excepção, no entanto parece-me que em muitas casos, as medidas pecam por tardias, visto que a implementação de algumas delas no PEC inicial, teriam tido um impacto imediato nas contas públicas, melhorando os rácios que os alemães gostam de "comer".

Onde pára o Benfica?

O Benfica continua como sempre desde há muitos anos a esta parte. Na primeira derrota a culpa é sempre do árbitro, do adversário, da polícia, do público, etc. Sei que ao longo dos tempos, todos estes elementos tiveram a sua quota parte na desestabilização da equipa. No entanto, acredito que o problema do Benfica está no seio do próprio clube e esse é que tem que ser resolvido, tanto pela proximidade como pela inoperância que o mesmo acarreta.
Sempre fui um crítico de Jorge Jesus e conitnuo a ser, tal como de Luís Filipe Vieira. Um clube enorme como o SLB, necessitava de homens com melhores qualidades, daqueles em que o respeito e a honestidade valem mais que os golos na baliza. Infelizmente isto não acontece com estes dois "traquinas" à frente da nau encarnada.
Muitos aspectos da gestão financeira têm que ser esclarecidos. Deixo essa parte para outro post.

Ao nível desportivo, temos tido alguns bons resultados, mas falta consistência e continuidade, preocupando-me a aproximação, se bem que justa, do Futebol Clube do Porto.
Alguém que me explique:
- Adu
- Urreta
- Balboa
- Zoro
- Cedência do Miguel Vítor e Fábio Faria e contratação do Jardel? Cedem-se dois jovens portugueses com valor e contrata-se um outro jovem com as mesmas características? Quem recebeu a comissão?
- Desvinculação do Quim e contratação do Roberto por um preço estrondoso? Quem avaliou Roberto? Quem avalizou? Qual o representante? Intermediário?
- Porquê que um empresário ligado ao Jorge Jesus esteve envolvido nas transferências do Roberto, Júlio César, Rubem Amorim, Fábio Faria e Jardel?

Não me revejo neste Benfica.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pedro Santos Guerreiro vs António Costa

Os dois directores dos jornais económicos, diários e pagos, envolveram-se nos últimos 2 dias numa troca de acusações em que ambos perdem e sinceramente só ganha o mercado mexerico.

Tudo aconteceu após a publicação dos "novos" dados da APCT, em que reduzia substancialmente o número de vendas totais diárias ao Diário Económico. Segundo a auditoria da APCT, o referido jornal não tem explicação documental para uma média superior a 5.000 exemplares diários em vendas em bloco. Além de estranho é grave.

Parece-me inequívoco que a direcção do jornal devia de saber por onde param um tão grande número de exemplares. Não sabe. Todos os interessado por esta área e mais atentos, sabem onde eles estão. São distribuídos gratuitamente em bancos, centros de congressos e hotéis. Não é justo. quando se é pago e se reivindica esse direito, a direcção do jornal assume um compromisso com todos os leitores, anunciantes e público em geral. Se se paga não se dá.
Se é pago e se oferece, estamos a deturpar o mercado e todas e quaisquer análises de vendas ou de audiência. Isso é errado para os concorrentes, mas principalmente para quem utiliza aquele meio para chegar ao seu público através da publicidade.
Pedro Santos Guerreiro insurgiu-se conta a revelação dos factos, ou melhor, com a contestação do que já quase todos sabiam. Percebo e entendo a revolta quando se é sério. No entanto é muito criticável a atitude que toma, no sentido de trazer para a praça pública uma dança em torno do poleiro, ainda para mais com um artigo no próprio jornal que dirige.
Eu como leitor assíduo dos jornais económicos, bem como das suas páginas online assumo a minha preferência pelo jornalismo independente. Tal como o Pedro Santos Guerreiro menciona, um grupo empresarial independente na área da comunicação social é aquele que está centrado num único core business. Sem dúvida que o grupo Cofina está dentro do perfil, no entanto a independência não se pode ver só por esse prisma. A independência deve ser analisado pelos negócios que envolvem todos os accionistas. Nesse aspecto a Cofina tem o telhado feito com o mesmo material da concorrência.